quarta-feira, 21 de março de 2012

Campeão de olimpíadas, estudante de 17 anos do Ceará é aceito no MIT

Menino de 17 anos é admitido na 

MIT !


Jovem vai estudar em uma das universidades mais conceituadas do mundo.
Estudante quer se formar nos EUA e voltar para contribuir com seu estado.

Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo
200 comentários
João Lucas Camelo Sá participa de olimpíadas de matemática desde os 12; nem sabe qual o número de prêmios conquistados (Foto: Arquivo pessoal)João Lucas Camelo Sá participa de olimpíadas de matemática desde os 12; nem sabe qual o número de prêmios conquistados (Foto: Arquivo pessoal)
Às 20h28 desta quarta-feira (14), João Lucas Camelo Sá, de 17 anos, acessou a internet na sua casa em Fortaleza (CE) e descobriu que sua vida iria mudar completamente: ele foi aprovado na seleção do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Localizado em Massachusetts, nos Estados Unidos, o MIT é umas das universidades mais conceituadas do mundo: referência em ensino e pesquisa em tecnologia, ficou em segundo lugar no ranking mundial em reputação da Times Higher Education, atrás apenas da Universidade de Harvard.

Para ser selecionado no MIT é necessário fazer um exame chamado de Scholastic Assessment Test (SAT, Teste de Avaliação Escolar), uma espécie de 'Enem americano,' que também é aplicado no Brasil aos interessados em disputar vagas nos Estados Unidos. Sá conta que fez as provas específicas de matemática e química e gabaritou com 800 pontos, a nota máxima. Também foi necessário fazer o teste de proficiência em inglês, o Toefl (Test of English as a Foreign Language). Do total de 120 pontos, o jovem fez 113.
A data e o horário em que João Lucas viu a aprovação foram estipulados pela instituição para que os candidatos verificassem o resultado da seleção por meio de uma senha. "Eu estava desanimado, comecei a pensar no pior, mas quando vi que passei, saí correndo, subi e desci as escadas umas dez vezes. Meus pais tomaram um susto", diz João Lucas.
Apesar do bom desempenho no processo seletivo, o estudante tinha dúvidas se seria aceito.  "Muita gente boa aplica para o MIT, passar lá é algo extraordinário. Não tinha como ter certeza", afirma.
João na Romênia onde conquistou prêmio inédito para o Brasil (Foto: Arquivo pessoal)João Lucas na Romênia onde conquistou prêmio
inédito para o Brasil (Foto: Arquivo pessoal)
Fera em matemática, João Lucas ainda não sabe qual curso vai optar no MIT. A universidade permite que o estudante defina a graduação em até dois anos. Até lá, o jovem quer explorar áreas como computação e economia. E ao concluir os quatro anos de estudo já sabe seu destino: voltar para Fortaleza. "Estudar fora do país vai ser importante para o currículo, mas quero voltar e contribuir para minha cidade, fazer algo significativo para meu estado. Não penso em morar nos Estados Unidos, não teria sentido."
Campeão olímpico
A vontade de estudar no exterior começou quando João Lucas passou a conviver no universo das olimpíadas estudantis. A maioria das universidades americanas valoriza alunos com histórico de participação nessas competições.
Quando tinha uns 10 anos, o estudante foi convidado pelo colégio Ari de Sá, em Fortaleza, onde concluiu o ensino fundamental e médio, para participar de uma oficina de matemática. "As aulas eram legais porque eram mais difíceis, mais desafiadoras do que as da sala de aula. Mas nessa época nem tinha intuito de competir", afirma.
O 'supercampeão' nem sabe dizer quantas medalhas já conquistou ao longo da carreira que começou aos 12 anos. Foi medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática; prata na Olimpíada Internacional de Matemática, na Holanda; prata na Romênia Master (prêmio inédito para o Brasil) e ouro na Olimpíada de Matemática do Cone Sul neste ano, entre outras premiações.
Gosto do calor, do céu azul, de acordar com o dia ensolarado. Quando viajava para lugares frios para participar das olimpíadas, voltava e pensava: que sorte eu tenho de morar aqui!""
João Lucas Camelo Sá, de 17 anos
Apesar de tantos títulos, João Lucas conta que a mais importante conquista não veio em forma de medalha. "Alguns dos meus melhores amigos eu fiz nas olimpíadas. Acontecia de nos encontrarmos nas viagens. Alguns já estudam fora do país e me ajudaram com dicas."
'Não precisa ser gênio'
João Lucas sempre foi bom aluno, costumava assistir às aulas regulares de manhã e passar as tardes na biblioteca da escola. Às vezes, durante as noites, tinha aulas focadas para as olimpíadas ou ia se distrair na casa de algum amigo. O estudante dispensa o título de gênio e diz que qualquer bom aluno consegue fazer o SAT tranquilamente. "Não precisa ser gênio das olimpíadas para ir bem. Tirei 800 e não sou bom em química, não tem muito segredo. Minha rotina nunca foi diferente da maioria das pessoas. Na sala de aula era visto como qualquer um."
A mãe de João Lucas, a assistente social Francisca Rosa Camelo Sá, de 54 anos, agora mescla o orgulho de ver o sucesso do filho com a angústia de saber que o caçula de três filhos vai se mudar do país. "Ele é muito determinado, no fundo sabia que ia dar certo. Mas agora vem a sensação do ninho se esvaziando e ao mesmo tempo saber que nossa missão está sendo cumprida. É muito orgulho."
Além da falta dos pais, das duas irmãs e dos amigos e parentes do Ceará, João Lucas diz que vai sentir muitas saudades do clima do nordeste brasileiro. "Gosto do calor, do céu azul, de acordar com o dia ensolarado. Quando viajava para lugares frios para participar das olimpíadas, voltava e pensava: que sorte eu tenho de morar aqui!"

Fonte:G1.COM.BR

domingo, 11 de março de 2012

Steve Jobs mudou a história da computação pessoal

Steve Jobs mudou a história da computação pessoal,diz colunistas





Steve Jobs levou os primeiros computadores para a casa das pessoas.

Cofundador da Apple transformou aparelhos que já existiam no mercado.

Ronaldo PrassEspecial para o G1*
Apple I (Foto: Ed Uthman/Creative Commons)Apple I foi o primeiro computador pessoal
produzido pela Apple e apresentado em 1976
(Foto: Ed Uthman/Creative Commons)
Hoje, o computador pessoal é um equipamento indispensável e faz parte da rotina de milhares de pessoas mundo a fora. Mas houve uma época em que ter um computador em casa era impensável, talvez os mais aficionados pelas histórias em quadrinhos ou seriados de ficção científica pudessem querer um computador em casa.

Porém, em geral, o mundo não via muito sentido nisso. Afinal, quem iria querer possuir um computador em casa? Eis que entra em cena um visionário com a ideia de criar computadores pessoais. Com o legítimo espírito empreendedor, em parceria com um colega de faculdade, surgiu a pareceria que iria mudar a história da indústria da tecnologia da informação.
Steve Jobs na campanha de divulgação do Macintosh (Foto: Divulgação)Steve Jobs na campanha de divulgação
do Macintosh (Foto: Divulgação)
Steve Jobs é descrito como visionário, criativo, carismático, genial e perfeccionista, características apontadas por especialistas em tecnologia, marketing e design como determinantes na consolidação da marca mais valiosa do mundo. Muitos afirmam que ele era apenas um cara bom de marketing. Eu estou entre aqueles que pensam que Jobs foi o melhor que já existiu. Mas é defeito saber vender o “próprio peixe”? Não tenho dúvidas de que a biografia de Steve Jobs será dissecada durante décadas por estudantes de design, publicidade, informática, administração.

Os produtos Apple não se resumem à publicidade. Neles foi empregada a genialidade criativa e o perfeccionismo exacerbado de quem não se contentava com menos do que a perfeição. Afinal, não bastava fazer apresentações antológicas nas apresentações de lançamento de novos produtos se depois eles não correspondessem à expectativa criada pelo público.
Steve Jobs faz sua última apresentação como executivo-chefe da Apple, em junho de 2011 (Foto: Beck Diefenbach/Reuters)Jobs em uma das suas últimas apresentações
como executivo-chefe da Apple, em junho de 2011
(Foto: Beck Diefenbach/Reuters)
Ousado, Jobs trabalhava com o conceito de que “as pessoas não sabem o que querem até você mostrar a elas”. Com esse pensamento, ditou a forma como o mundo se relaciona com a tecnologia. Planejar a experiência do consumir desde o momento em ele retira o produto da embalagem até efetivamente 'se divertir' com o brinquedo novo, é ter a sensibilidade e a capacidade de fidelizar o seu público. E isso o Steve Jobs sabia fazer como ninguém.

Tocadores de MP3 já existiam, mas foi pensando na praticidade que surgiu o iPod. Smarphones com tela sensível ao toque não eram novidade, mas com a simplicidade do iPhone o mercado de dispositivos móveis passou a rever conceitos. Com os tablets, a história se repetiu. As pranchetas eletrônicas já existiam, mas as pessoas não viam sentido nelas. Até que Steve Jobs reformulou um dispositivo que estava desacreditado, investindo num produto falido. Quem cometeria um desatino desses? Somente alguém que jamais desistiu de um sonho, digamos, ousado: mudar o mundo.
O sucesso do iPad teria sido sorte? Não acredito. Trata-se do resultado de alguém que não tem medo de inovar e concretiza ideias, mescla arte com a tecnologia. Talvez aí esteja a explicação de tanta admiração por um empresário. Jobs foi um empresário que tem fãs, macmaníacos que estão se unindo em romarias a lojas da Apple para prestar homenagens. Quantos outros produtos na história foram capazes de apaixonar consumidores fieis, mesmo que seja a marca mais cara da categoria?
Steve Jobs discursando para alunos formandos na Universidade de Stanford (Foto: Reprodução)Steve Jobs discursando para alunos formandos
na Universidade de Stanford (Foto: Reprodução)
Na época em que eu estava iniciando na carreira de profissional na área de tecnologia da informação, recebi um e-mail com um texto sensacional e que supostamente seria a transcrição de um discurso feito pelo Steve Jobs em uma cerimônia de formatura. Descrente sobre a veracidade daquelas palavras, tratei de pesquisar. De fato o texto era verdadeiro e descobri que se tratava do famoso discurso de Steve Jobs para os alunos na Universidade de Stanford.
O conteúdo desse discurso pareceu muito com um conselho de um grande amigo e serviu inspiração para eu continuar "faminto" e "bobo" em busca de conhecimento, sem medo de fracassar. Acho que foi um dos melhores conselhos que alguém poderia ter me dado naquela época e que hoje ainda reflete em tudo o que faço.

Fonte:G1.com.br

quinta-feira, 8 de março de 2012

Superdotados precisam de atenção para não se tornarem crianças-problema


Superdotados precisam de atenção para não se tornarem crianças-problema
Einstein teve uma infância difícil, não gostava da escola e entrou na lista dos repetentes. Outro gênio, o pintor holandês Van Gogh padeceu de desajustes psicológicos, assim como o matemático francês Pascal, que aos sete anos já fazia cálculos. Os exemplos são extremos, mas servem de alerta aos pais de crianças com talentos ou aproveitamento escolar excepcionais para sua idade e dificuldades de adaptação social. Essa combinação de sinais pode esconder a face de um superdotado, que requer atenção e eventual acompanhamento terapêutico para que a criança com inteligência acima da média de hoje não se torne um adulto com problemas amanhã.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que 1%
da população escolar, ou 380 mil crianças, são superdotadas. Para identificar evidências de esperteza basta reparar nos talentos precoces. Em geral são dons específicos para a matemática, a música ou os idiomas estrangeiros. A criança aprende rápido a ler, exibe habilidade para determinado instrumento musical, ou expressão verbal mais elaborada do que a normal para sua faixa etária. É o garoto que chama a atenção pela capacidade de argumentação, pela memória excepcional, a atenção e a curiosidade incomuns, o raciocínio ágil e a extrema curiosidade.
"O apoio dos pais e dos médicos é decisivo para o aproveitamento do potencial dessas crianças", diz o psicoterapeuta Cláudio Guimarães, 41 anos, que trabalha com superdotados na Unidade de Reabilitação Neuropsicológica, em São Paulo. Em sua opinião, a maioria dos superinteligentes tem dificuldade para aliar competência nas disciplinas escolares com boa sociabilidade.
Nos testes de inteligência, os gênios precoces costumam estar anos à frente dos colegas de classe, diz Zélia Ramozzi Chiarottino, 46 anos, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Ela aponta o adolescente Fábio Dias Moreira como exemplo. Aos 14 anos, ele conquistou 11 medalhas de ouro em olimpíadas de matemática, quatro delas em disputas internacionais. Aluno da segunda série do curso médio do Colégio PH, da Tijuca, zona norte do Rio, o filho temporão prefere estudar a ir a festas com colegas e não gosta de esportes. Sob nenhuma hipótese troca os livros de matemática por uma pelada com os colegas, mas ganhou a simpatia da turma, de quem tira todas as dúvidas de matemática.
Para o neuropsicólogo Daniel Fuentes, "o descaso com o superdotado é tanto que, por ignorância, ele pode ser visto como um ET pelos colegas e professores". Por ser diferente, ele nem sempre participa de grupos, questiona a orientação do colégio e dispensa a companhia dos amigos para estudar. O resultado, admite Fuentes, é a angústia e o isolamento. A maior parte dessas crianças necessita de apoio terapêutico para desenvolver com harmonia suas potencialidades. Em geral, as habilidades surgem nos primeiros anos de vida. Quem explica é Marsyl Mettrau, doutora em psicologia da educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que há 27 anos se dedica ao ensino de crianças com inteligência especial.
O excepcional desempenho escolar, o vocabulário rico e as conversas de "adulto" levaram Pedro Henrique de Souza Rendt, oito anos, a uma classe reservada a superdotados. Na segunda série, ele quer ser veterinário quando crescer e adora música clássica. "Prefiro as sinfonias de Beethoven a jogar com os amigos", confessa o garoto. A professora Marsyl exibe com orgulho a evolução de Bruna Reis, sete anos, uma pretendente a atriz. "Ela era introvertida e se tornou mais aberta e comunicativa, sem perder o interesse pelos estudos", destaca.
Se há consenso entre especialistas sobre a maneira de tratar os superdotados, há divergências em relação aos testes de inteligência. Um polêmico estudo publicado no final da década de 80 pelo cientista político James Flynn, da Nova Zelândia, revelou que o quociente de inteligência (QI) medido nos testes de avaliação aumentou 25 pontos em uma geração. A dúvida é se os jovens de hoje seriam mais inteligentes que seus pais ou se os métodos de avaliação da inteligência precisam ser repensados. Outra pá de cal foi lançada pelo americano Howard Gardner, para quem não existe inteligência absoluta. Gardner mapeou várias formas de inteligência, entre elas a musical, a espacial, a interpessoal, a lógico-matemática, a linguística e a esportiva.
Com QI de 172 pontos, o roqueiro Roger Rocha Moreira era o primeiro da classe no Colégio Pasteur, em São Paulo. "Fundador da banda Ultraje a Rigor, com um milhão de CDs vendidos, Roger é um dos associados da Mensa, a filial brasileira da organização com sede em Londres que congrega cérebros notáveis, entre eles o escritor Isaac Asimov. Para Roger, que compõe as músicas de um CD que pretende lançar em julho, o objetivo da Mensa é mostrar que ter inteligência acima da média não é como ser sorteado na loteria. "O superdotado não é valorizado aqui. Tom Jobim tinha razão quando dizia que no Brasil o sucesso é proibido porque gera hostilidade."
(Isto é)

terça-feira, 6 de março de 2012

Jovem prodígio descobre cura para o câncer


Jovem prodígio descobre cura para o câncer

Garota de 17 anos liderou projeto que conseguiu eliminar células cancerígenas em ratos, disse Daily Mai
 



A cura do câncer pode ter sido descoberta por Angela Zhang, uma estudante de apenas 17 anos. A informação foi publicada pelo site Daily Mail.
A jovem prodígio liderou um projeto utilizando nanopartículas para identificar as células cancerígenas, as quais podem ser enviadas ao centro dos tumores quando combinadas com uma droga à base de salinomicina. Depois de terem se “prendido” às células doentes, através de ressonâncias magnéticas, essas nanopartículas permitem que os médicos saibam exatamente onde estão ou poderão se formar os tumores.
A luz infravermelha derreteria as nanopartículas, liberando o medicamento que eliminará as células cancerígenas de dentro para fora. Quando testada em ratos, a tecnologia acabou quase que completamente com os tumores. Angela Zhang trabalha nesse projeto desde os 15 anos e passou mais de mil horas no laboratório para chegar a esse resultado.
Ainda vai levar alguns anos para que essa técnica seja testada em humanos, mas os primeiros resultados são promissores.
Angela Zhang tem uma bolsa de estudo de US$ 100 mil por ter ganhado o Siemens Competition Math, Science & Technologye. Já no ensino médio ela lia artigos de pós-doutorado em bioengenharia.
 
(Com informações do UOL,tiradas do site dia a dia)

sexta-feira, 2 de março de 2012

Estudante de 17 anos é aceito em Harvard !


17/02/2012 07h27 - Atualizado em 17/02/2012 10h32


Estudante paulista de 17 anos é

 

aprovado na Universidade de Harvard

Jovem também passou nos vestibulares do ITA, IME e USP. 
Gustavo Haddad Braga tem coleção de mais de 40 medalhas de olimpíadas.

Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo
299 comentários
Gustavo Haddad conquistou mais de 40 medalhas (Foto: Objetivo/ Divulgação)Gustavo Haddad conquistou mais de 40 medalhas
em olimpíadas (Foto: Divulgação)
Aprovado nos vestibulares mais concorridos do Brasil como o do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto Militar de Engenharia (IME) e da Universidade de São Paulo (USP), o estudante Gustavo Haddad Braga, de 17 anos, morador de São José dos Campos, em São Paulo, que também coleciona medalhas de olimpíadas estudantis nacionais e internacionais conquistou o título mais importante da carreira de aluno exemplar: foi aceito na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
A vaga foi conquistada porque Haddad praticamente gabaritou nos dois exames chamados de Scholastic Assessment Test (SAT, Teste de Avaliação Escolar), uma espécie de 'Enem americano' que seleciona os estudantes para as universidades. Na primeira prova, que traz questões de raciocínio lógico, consideradas mais difíceis, ele tirou 2.400, a pontuação máxima. Na segunda, onde caem questões específicas do núcleo comum do ensino médio ou de língua estrangeira, o estudante tirou 2.350 pontos. Ambas as avaliações exigem nível avançado de inglês.
Haddad também está na disputa por vagas no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Yale, Princeton, Stanford e Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) cujo resultados ainda não foram divulgados. Mas pelo desempenho do estudante nas duas edições do SAT é bem provável que as Se isso acontecer, Haddad terá dúvidas de onde fará a matrícula. A princípio sonhava em estudar no MIT, mas depois avaliou que Harvard é forte na área de ciências, carreira que pretende seguir. "Na metade de abril as universidades abrem o período de visitação para os aprovados, aí vai dar para ter uma ideia melhor. Eu pretendo decidir após as visitas", diz. A matrícula tem de ser feita em 1º de maio.
O processo de bolsa de estudos corre paralelo ao da aprovação e é definido a partir das condições socioeconômicas da família do estudante. Haddad diz que os custos anuais para se manter em Harvard é de cerca de 60 mil dólares (o equivalente a quase 104 mil reais), mas a maioria dos estrangeiros recebe bolsa que inclui alojamento.
O jovem que nasceu em Taubaté, mas desde pequeno mora em São José dos Campos, afirma que não sabe ao certo qual curso vai seguir. "Gosto muito de física e da área de biológicas, talvez junte estas duas áreas." Segundo ele, nas universidades americanas é permitido escolher a área em até três semestres de aula e o curso, até o fim do segundo ano. 
Gustavo Haddad e Ivan Tadeu ganharam medalhas de prata, Tábata Amaral recebeu menção honrosa (Foto: Divulgação)Gustavo Haddad e os colegas Ivan Tadeu e Tábata Amaral durante cerimônia de premiações de uma das olimpíadas (Foto: Divulgação)
História com os números
Filho de engenheiros químicos, a ciência e os números sempre fizeram parte da vida de Haddad. A história com as olimpíadas começou aos 10 anos e em oito anos de carreira ele arrebatou mais de 40 premiações dentro e fora do Brasil. Em 2008, conquistou ouro na Coreia do Sul; em 2009 prata no Azerbaijão; em 2010 foi bronze na China e na Croácia, e no passado levou bronze na Polônia e ouro na Tailândia. Fora as medalhas das competições nacionais.
"Comecei a participar quando estava na sexta série, incentivado por uma professora e logo peguei primeiro lugar na Olimpíada de Matemática. As provas envolvem criatividade e é um desafio usar as ferramentas do ensino médio para resolver as questões", diz o jovem. Haddad afirma que a vontade de fazer faculdade nos Estados Unidos começou nesse universo das olimpíadas, já que o contato com estudantes estrangeiros é muito próximo.
Gustavo Haddad (Foto: Objetivo/ Divulgação)Gustavo Haddad durante premiação de olimpíada
de física (Foto: Objetivo/ Divulgação)
Para o campeão, os bons resultados nos vestibulares e a aprovação em Harvard só foram possíveis graças a esse treinamento, já que os problemas cobrados nas olimpíadas são muito mais complexos e difíceis do que os dos vestibulares. Ele concluiu o ensino médio no ano passado, no Colégio Objetivo de São José dos Campos. "As olimpíadas sempre ajudaram demais. Tinha muitas aulas de preparação, algumas quase particulares. Para quem estuda para essas competições, o vestibular fica até fácil porque desenvolve muito raciocínio."
Futebol e balada
Haddad não se considera um garoto diferente dos demais da sua idade. Ele conta que participa de competições de natação, joga futebol e frequenta baladas e cinema como todos os adolescentes. "Minha vida é normal, só com um pouco mais de estudo." O jovem diz que costumava ficar tranquilo na hora das provas, o que contribuía para o resultado positivo. Além disso, diminuía o ritmo dos estudos à medida que as datas se aproximavam - contrariando a tática de muitos vestibulandos. 
Agora o desafio do estudante é driblar a ansiedade de ter de ser mudar do Brasil, deixar o pais e o irmão de 13 anos e morar sozinho pela primeira vez. "Uma hora ia ter de me afastar da minha família. Meus pais estão preocupados, mas ao mesmo tempo felizes. Já pulamos muito e fizemos vários almoços para comemorar."
Fonte: g1.com -2/3/2012