Depois de algum tempo,consegui fazer amigos na minha nova escola.Esta sendo legal conhecer novas pessoas,com pesamentos que muitas vezes se divergem dos meus ,mas como seria o mundo se todos fossemos iguais?É sempre bom fazer novos amigos.No começo eu não conhecia ninguém mas D'us foi muito bom comigo e fez com que eu conhecesse pessoas maravilhosas.Academicamente sou a melhor da minha sala,não que seja tudo muito fácil,nós superdotados temos problemas e decepções como qualquer outras pessoas ,somos normais.Eu por exemplo amo estudar astrofísica já português nem tanto.Não que eu não goste, mas acredito que todos nós temos áreas que preferimos e outras que não gostamos ,ou gostamos pouco.Alguns tem problemas com cálculos ,e eu por exemplo tenho extrema facilidade com cálculos.Mas como disse o que seria de nós se fossemos iguais?Sermos diferentes é o que faz com que a vida seja emocionante pois podemos conhecer pessoas com pensamentos diferente dos nossos!
A vida de um superdotado
Esse blog irá retratar as dificuldades de ser superdotado ,vai dar dicas mas também irá retratar o lado bom de tudo isso !
terça-feira, 22 de maio de 2012
Brasileiros do MIT relatam pressão por notas e rotina pesada de estudos
Brasileiros do MIT relatam pressão por
notas e rotina pesada de estudos
Estudantes dizem que a cobrança por notas altas é grande até entre alunos.
MIT, nos EUA, é um dos centros de tecnologia mais importantes do mundo.
Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo

(Foto: Arquivo pessoal)
Famoso por ser um dos centros de ciência e tecnologia mais importantes do mundo, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), localizado em Massachusetts, nosEstados Unidos, também é conhecido pela rigidez do ensino. Depois de vencer a concorrência e conquistar uma vaga – no máximo 10% do total é destinada aos estrangeiros – o desafio do estudante que ingressa na instituição é driblar a pressão, encarar uma rotina pesada de estudos e disputar espaço entre alunos de excelência. Brasileiros formados no MIT ou que estudam na instituição relataram ao G1 a rotina pesada de estudos e a pressão que existe por um bom desempenho.
A brasileira Karine Yuki, de 21 anos, que está no terceiro ano do curso de física e políticas públicas no MIT diz que aprendeu a superar a saudade da família e se adaptou ao ritmo da universidade, mas teve suas dificuldades. “Nenhum aluno do MIT está acostumado a não ter as melhores notas da escola, mas a competição na universidade passa a um nível completamente diferente do que eu estava acostumada no Brasil”, diz.
No MIT você não para de estudar. Em um dia normal acorda às 9h e estuda até as 2h da manhã"
Karine Yuki, 21 anos,
aluna do MIT
aluna do MIT
Ex-aluna do Colégio Etapa, com família em São Paulo, atualmente Karine mora em Boston em uma casa com outros 20 estudantes estrangeiros, uma espécie de república americana, mas passou os primeiros anos em uma residência dentro do campus. “No MIT você não para de estudar. Em um dia normal acorda às 9h e estuda até as 2h da manhã. Agora moro em Boston, e cruzar a ponte [entre Massachusetts e Boston] ajuda muito porque não fico só na 'bolha' do MIT.”
O jovem afirma que logo que se mudou para os Estados Unidos só estudava, mas depois começou a “socializar.” “Não dá para ser uma máquina de fazer um problema. Academicamente, o problema do MIT é que tem muita pressão. Não dá para tirar nota ‘B’", afirma o brasileiro. "As pessoas te olham, o lugar em si tem a pressão dos professores, dos próprios estudantes. Todo mundo que vai para lá é um pouco perfeccionista. Se não tiver o melhor resultado, vai se cobrar.”Hugo Marrochio, 22 anos, enfrentou a maratona rígida de provas e trabalhos no MIT por quase três anos, se formou em física e está com o diploma em mãos. Ex-aluno do Colégio Objetivo, ele voltou para São Paulo recentemente para fazer mestrado na Universidade de São Paulo (USP).
O problema do MIT é que tem muita pressão. Não dá para tirar ‘B’, as pessoas te olham, o lugar em si tem a pressão dos professores, dos próprios estudantes"
Hugo Marrochio, 22 anos,
formado pelo MIT
formado pelo MIT
Apesar da pressão, ser brasileiro chega a ser uma vantagem entre os estudantes do resto do mundo que estão no MIT. Hugo afirma que os brasileiros são respeitados e têm fama de serem aplicados e estudiosos, apesar de falantes.
O MIT ocupa a segunda posição no ranking mundial das universidades feito pela instituição londrina Times Higher Education (THE), atrás apenas da Universidade Harvard, também dos Estados Unidos. Procurada peloG1 para comentar sobre as impressões dos estudantes brasileiros, a assessoria de imprensa do MIT não quis se pronunciar sobre o assunto.

mestrado na USP (Foto: Arquivo pessoal)
Riqueza cultural
Além do currículo com o nome de umas das mais importantes universidades do mundo, Karine diz que vai levar do MIT a amizade com pessoas de todas as partes do mundo. “Tenho amigos da Romênia, do Nepal, e de muitas partes dos Estados Unidos. O contato com culturas diferentes dá uma noção de que algo une todas as pessoas apesar das nacionalidades”, afirma.
Além do currículo com o nome de umas das mais importantes universidades do mundo, Karine diz que vai levar do MIT a amizade com pessoas de todas as partes do mundo. “Tenho amigos da Romênia, do Nepal, e de muitas partes dos Estados Unidos. O contato com culturas diferentes dá uma noção de que algo une todas as pessoas apesar das nacionalidades”, afirma.
Para a jovem, que integra o time de taekwondo do MIT, a experiência está sendo muito válida. Karine ainda não sabe se vai voltar ao Brasil no próximo ano, quando conclui o curso de graduação. A intenção é emendar um mestrado também nos Estados Unidos. Ela diz que os brasileiros que ingressam no MIT se dão muito bem, e que muitos estudantes deixam de concorrer às vagas por desconhecimento. “Não é algo restrito a quem vai para olimpíadas mundiais ou estuda em um determinado colégio. A universidade analisa a pessoa como um todo, além das notas, é possível entrar no MIT.”
Hugo também concorda que a experiência cultural foi o que o MIT lhe proporcionou de melhor. “O contato com a diversidade é muito interessante, tenho amigos de todos os lugares do mundo. Academicamente não posso avaliar se sei mais que alguém que se formou no Brasil, por exemplo. Não dá para julgar. Mas pela experiência cultural, valeu a pena. Também amadurece muito, sou outra pessoa.”

Expectativa
O time de brasileiros no MIT vai ganhar dois novos integrantes que estarão na universidade a partir do dia 15 de agosto para o início do ano letivo de 2012: João Lucas Camelo Sá, morador de Fortaleza (CE), e Gustavo Haddad Braga, de São José dos Campos (SP), ambos com 17 anos.
O time de brasileiros no MIT vai ganhar dois novos integrantes que estarão na universidade a partir do dia 15 de agosto para o início do ano letivo de 2012: João Lucas Camelo Sá, morador de Fortaleza (CE), e Gustavo Haddad Braga, de São José dos Campos (SP), ambos com 17 anos.
Gustavo afirma que o ambiente competitivo o deixa motivado. “Vejo como algo positivo. Será um novo desafio, vou me esforçar para acompanhar e estudar cada vez mais.” O jovem que também foi aprovado em outras universidades americanas de ponta como Harvard, Stanford, Yale e Princeton conta que optou pelo MIT porque durante a visita se encantou pela “atmosfera do campus.”
“Eles amam ciências, física, matemática e me identifiquei. Pretendo seguir algo na área de física ou engenharia e é a instituição mais forte nesta área, com ótima reputação.” Além de se dedicar aos estudos, Gustavo pretende entrar na equipe de natação, já que o MIT valoriza os esportes.
Fonte:G1.com
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Escolas melhoram diagnóstico de crianças superdotadas
Escolas melhoram diagnóstico de crianças superdotadas
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
08/04/2012 | 22h35 | Identificação
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
08/04/2012 | 22h35 | Identificação
Aos 9 anos de idade, Bernardo Dias já está na oitava escola. Sua mãe, Ana Paula Amaral do Carmo, conta que muitas delas deram desculpas para justificar a necessidade de troca. Para ela, no entanto, o problema é que não sabiam como lidar com o filho, que, após passar por várias instituições, foi diagnosticado como superdotado.
"Teve escola que me pediu para tirar o Bernardo de lá com a desculpa que ele comia muito lanche. Ele chegou a ser maltratado por uma professora, que não admitia que ele terminasse as tarefas rapidamente e pedia aos coleguinhas para não falar com ele em sala", contou Ana.
Por falta de preparo dos professores para identificar alunos como Bernardo, casos como o dele ainda são comuns em escolas públicas e particulares no Brasil. A boa notícia é que, ano a ano, tem aumentado o número de alunos diagnosticados como superdotados, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), órgão do Ministério da Educação (MEC).
Em 2010, eram 8.851 estudantes superdotados matriculados em escolas públicas e privadas; e no ano anterior, 5.478, ou seja, um aumento de quase 62%. Em 2000, o total era apenas 682.
Segundo a diretora de políticas de educação especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Martinha Dutra, o aumento ocorreu porque os professores estão mais aptos a identificar os superdotados.
Em 2005, o ministério criou os Núcleos de Atividade de Altas Habilidades/Superdotação (Naahs) para ajudar na formação de professores e, com isso, saibam reconhecer com mais facilidade os superdotados e também estimular a habilidade e criatividade deles. O MEC criou um núcleo em cada unidade da federação, mas a gestão é feita pelos estados.
"O núcleo treina professores para identificação e desenvolvimento de atividades para os alunos. Mais professores podem estar sabendo como identificar os alunos superdotados", diz Martinha Dutra.
Para o MEC, alunos superdotados ou com altas habilidades são aqueles que “demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes”. Além disso, esses estudantes têm “grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e na realização de tarefas em áreas de seu interesse”.
Porém, entidades especializadas em superdotados apontam dificuldades. Para a presidente da Associação Paulista para Altas Habilidades / Superdotação (Apahsd), Ada Toscanini, o problema da formação de especialistas ainda persiste:
" Os professores, de forma geral, ainda não têm formação adequada para identificar os superdotados nem para atendê-los. O superdotado ainda é discriminado, visto como doente, pessoa com problemas nervosos ou hiperativo".
A presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação (Conbrasd) — organização não-governamental que reúne profissionais da área e pais —, Cristina Delou, também acredita que ainda há muitos profissionais despreparados.
"Os cursos de formação de professores de graduação não têm conteúdo específico para identificação de superdotados. E quase não existem programas de mestrado voltados para a educação de superdotados", observa Cristina, que é professora e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Segundo ela, os Núcleos de Atividade de Altas Habilidades/Superdotação (Naahs) só podem formar profissionais que trabalham na rede estadual, deixando de fora os de escolas municipais e privadas. Além disso, destaca, os núcleos, cujas ações são geridas por cada estado, não funcionam a contento, pois não têm prestado atendimento aos alunos e às famílias deles.
Estímulo em laboratórios de universidades
O MEC reconhece que apenas alguns núcleos fazem atendimento direto aos alunos e pais de alunos. Mas o ministério afirma que eles têm monitorado as ações de estímulo à aprendizagem dos estudantes nas “salas de recurso” das escolas públicas, onde os superdotados, assim como as pessoas com deficiência, têm que receber suplementação escolar. Nelas, os alunos devem encontrar materiais e profissionais capacitados para atendê-los no contraturno.
Segundo o Conbrasd, como os superdotados podem ter nível de conhecimento superior ao de professores da escola, o ideal é que eles frequentem laboratórios de universidades para que se sintam estimulados.
Foi o que aconteceu com Kei Sawada, que aos 4 anos de idade já havia se alfabetizado sozinho em português e inglês.
"A escola ficou muito chata para ele. Conseguimos que frequentasse o laboratório de altas energias da UFF. Depois de uns meses, recomendaram que ele fizesse logo o vestibular e ele foi acelerado de série. Ele estava com 16 anos quando passou em primeiro lugar no vestibular de Física na Universidade Federal do Rio", conta a mãe de Kei, Anunciata Sawada.
Mas a aceleração escolar — quando a criança “pula” uma ou mais séries — não é um processo simples. Em São Paulo, por exemplo, mães estão procurando a Justiça para conseguir limitares que permitam esse avanço de série. A Secretaria de Educação entende que o procedimento é irregular, pois ainda não foi regulamentado pelo Conselho Estadual de Educação. Mas, em nota, o conselho afirmou que não precisa regulamentar a questão, pois a Lei de Diretrizes e Bases da Educação já prevê a possibilidade de aceleração.
André da Rocha Domingues, de 7 anos, já tinha sido acelerado quando se viu obrigado a retroceder de série, por determinação da secretaria.
" Em janeiro, fomos informados que ele teria que voltar para o 2 ano do fundamental. E ele voltou. Foi difícil, ele não queria ter que estudar tudo de novo. Meses depois, consegui uma liminar na Justiça, e ele foi transferido para o 3 ano", relata a mãe de André, Cátia Domingues.
Da Agência O Globo
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Estudante do RJ vai para Harvard e quer trabalhar com educação pública !!
Estudante do RJ vai para Harvard e
quer trabalhar com educação pública
No total, três brasileiros foram aceitos na instituição americana.
Filho de professor, João Henrique Vogel foi bolsista na rede particular.
Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo
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Mais um brasileiro foi admitido pela conceituada Universidade Harvard, nos Estados Unidos. João Henrique de Aquino Vogel, de 18 anos, morador do Rio de Janeiro, dispensou vagas em importantes instituições brasileiras, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Militar de Engenharia (IME), e disse 'sim' a Harvard, onde obteve bolsa de estudo integral. Nos Estados Unidos, João Henrique também foi aceito pela Universidade Duke. O resultado oficial foi divulgado em 29 de março.
Outros dois estudantes do Brasil, Tábata Amaral, de 18 anos, e Gustavo Haddad Braga, de 17 anos, ambos de São Paulo, também foram aceitos em Harvard. A seleção é feita pelo Scholastic Assessment Test (SAT, Teste de Avaliação Escolar), uma espécie de "Enem americano", que também é aplicado no Brasil aos interessados em disputar vagas nos Estados Unidos. Para ser admitido também é necessário fazer o teste de proficiência em inglês, o Toefl (Test of English as a Foreign Language).
Filho de um professor nascido na Espanha e de uma dona de casa, o estudante atribui o sucesso ao apoio da família e da escola, o Sistema Elite de Ensino. "Sempre tive bolsa de estudo, porque meu pai é professor. Ele está no Brasil há 20 anos e quis ser professor para garantir um bom estudo para mim. Se minha família tivesse de pagar, não teria condições."Nas provas do SAT, uma de conhecimentos em ciências e outra de inglês, João Henrique fez 2.240 e 1.970 pontos (o total era 2.400 em cada). No Toefl, o estudante garantiu nota 104, quando o máximo era 120.
O estudante concluiu os ensinos fundamental e médio em escolas da rede particular como bolsista. No ensino médio, descobriu o mundo das olimpíadas e garantiu seis prêmios: bronze e prata na Olimpíada Estadual de Química em anos diferentes; ouro na Olimpíada Nacional de Astronomia e três menções honrosas.
Não há limite para nada, podemos chegar onde quisermos se tivermos dedicação. Queria fazer engenharia no IME ou no ITA, mas depois comecei a olhar para as melhores universidades do mundo. Com trabalho e esforço é possível"
João Henrique Vogel, de 18 anos,
aceito em Harvard
aceito em Harvard
Solidariedade
Em Harvard, João Henrique pretende estudar física e economia, e ainda tem dúvidas sobre ciências da computação. Fã de física, ele quer se dedicar à área mais como hobby. Com economia o plano é desenvolver o lado das ciências humanas. "Meu pai é envolvido com causas sociais e percebi que quero trabalhar com pessoas, mudar vidas. Depois de formado quero voltar para o Brasil e atuar em educação pública, melhorar o sistema."
Em Harvard, João Henrique pretende estudar física e economia, e ainda tem dúvidas sobre ciências da computação. Fã de física, ele quer se dedicar à área mais como hobby. Com economia o plano é desenvolver o lado das ciências humanas. "Meu pai é envolvido com causas sociais e percebi que quero trabalhar com pessoas, mudar vidas. Depois de formado quero voltar para o Brasil e atuar em educação pública, melhorar o sistema."
Em 2010, João Henrique coordenou uma campanha em sua escola para arrecadar alimentos, roupas e itens de higiene para um abrigo do Rio de Janeiro. Também reverteu o ingresso para entrada dos jogos esportivos do colégio em alimentos. No Natal, os alunos apadrinharam cada criança abrigada e doaram kits com brinquedo e roupa.
Depois de concluir o ensino médio no fim do ano passado, João Henrique tornou-se voluntário do Sistema Elite. O jovem ajuda a realizar um trabalho de preparação e orientação aos alunos que querem estudar nos Estados Unidos. Para ele, o suporte emocional - e financeiro, para aplicação das provas - foi fundamental, por isso é necessário retribuir.
"Não há limite para nada, podemos chegar onde quisermos se tivermos dedicação. Queria fazer engenharia no IME ou no ITA, mas depois comecei a olhar para as melhores universidades do mundo. Com trabalho e esforço é possível", diz.
Para João Henrique, a alegria agora é a mesma de ter acertado as dezenas premiadas da loteria. "Me sinto como se tivesse ganhado na Mega-Sena. A diferença é que loteria é sorte. Estou realizado acadêmica e profissionalmente pelo resto da minha vida. Minha mãe chora, meu pai conta para todo mundo. A saudade? Vou saber em agosto [quando deve viajar], por enquanto é só alegria."
Extraído do G1.COM
quarta-feira, 21 de março de 2012
Campeão de olimpíadas, estudante de 17 anos do Ceará é aceito no MIT
Menino de 17 anos é admitido na
MIT !
Jovem vai estudar em uma das universidades mais conceituadas do mundo.
Estudante quer se formar nos EUA e voltar para contribuir com seu estado.
Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo
200 comentários

Às 20h28 desta quarta-feira (14), João Lucas Camelo Sá, de 17 anos, acessou a internet na sua casa em Fortaleza (CE) e descobriu que sua vida iria mudar completamente: ele foi aprovado na seleção do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Localizado em Massachusetts, nos Estados Unidos, o MIT é umas das universidades mais conceituadas do mundo: referência em ensino e pesquisa em tecnologia, ficou em segundo lugar no ranking mundial em reputação da Times Higher Education, atrás apenas da Universidade de Harvard.
Para ser selecionado no MIT é necessário fazer um exame chamado de Scholastic Assessment Test (SAT, Teste de Avaliação Escolar), uma espécie de 'Enem americano,' que também é aplicado no Brasil aos interessados em disputar vagas nos Estados Unidos. Sá conta que fez as provas específicas de matemática e química e gabaritou com 800 pontos, a nota máxima. Também foi necessário fazer o teste de proficiência em inglês, o Toefl (Test of English as a Foreign Language). Do total de 120 pontos, o jovem fez 113.A data e o horário em que João Lucas viu a aprovação foram estipulados pela instituição para que os candidatos verificassem o resultado da seleção por meio de uma senha. "Eu estava desanimado, comecei a pensar no pior, mas quando vi que passei, saí correndo, subi e desci as escadas umas dez vezes. Meus pais tomaram um susto", diz João Lucas.
Apesar do bom desempenho no processo seletivo, o estudante tinha dúvidas se seria aceito. "Muita gente boa aplica para o MIT, passar lá é algo extraordinário. Não tinha como ter certeza", afirma.

inédito para o Brasil (Foto: Arquivo pessoal)
Fera em matemática, João Lucas ainda não sabe qual curso vai optar no MIT. A universidade permite que o estudante defina a graduação em até dois anos. Até lá, o jovem quer explorar áreas como computação e economia. E ao concluir os quatro anos de estudo já sabe seu destino: voltar para Fortaleza. "Estudar fora do país vai ser importante para o currículo, mas quero voltar e contribuir para minha cidade, fazer algo significativo para meu estado. Não penso em morar nos Estados Unidos, não teria sentido."
Campeão olímpico
A vontade de estudar no exterior começou quando João Lucas passou a conviver no universo das olimpíadas estudantis. A maioria das universidades americanas valoriza alunos com histórico de participação nessas competições.
A vontade de estudar no exterior começou quando João Lucas passou a conviver no universo das olimpíadas estudantis. A maioria das universidades americanas valoriza alunos com histórico de participação nessas competições.
Quando tinha uns 10 anos, o estudante foi convidado pelo colégio Ari de Sá, em Fortaleza, onde concluiu o ensino fundamental e médio, para participar de uma oficina de matemática. "As aulas eram legais porque eram mais difíceis, mais desafiadoras do que as da sala de aula. Mas nessa época nem tinha intuito de competir", afirma.
O 'supercampeão' nem sabe dizer quantas medalhas já conquistou ao longo da carreira que começou aos 12 anos. Foi medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática; prata na Olimpíada Internacional de Matemática, na Holanda; prata na Romênia Master (prêmio inédito para o Brasil) e ouro na Olimpíada de Matemática do Cone Sul neste ano, entre outras premiações.
Gosto do calor, do céu azul, de acordar com o dia ensolarado. Quando viajava para lugares frios para participar das olimpíadas, voltava e pensava: que sorte eu tenho de morar aqui!""
João Lucas Camelo Sá, de 17 anos
Apesar de tantos títulos, João Lucas conta que a mais importante conquista não veio em forma de medalha. "Alguns dos meus melhores amigos eu fiz nas olimpíadas. Acontecia de nos encontrarmos nas viagens. Alguns já estudam fora do país e me ajudaram com dicas."
'Não precisa ser gênio'
João Lucas sempre foi bom aluno, costumava assistir às aulas regulares de manhã e passar as tardes na biblioteca da escola. Às vezes, durante as noites, tinha aulas focadas para as olimpíadas ou ia se distrair na casa de algum amigo. O estudante dispensa o título de gênio e diz que qualquer bom aluno consegue fazer o SAT tranquilamente. "Não precisa ser gênio das olimpíadas para ir bem. Tirei 800 e não sou bom em química, não tem muito segredo. Minha rotina nunca foi diferente da maioria das pessoas. Na sala de aula era visto como qualquer um."
João Lucas sempre foi bom aluno, costumava assistir às aulas regulares de manhã e passar as tardes na biblioteca da escola. Às vezes, durante as noites, tinha aulas focadas para as olimpíadas ou ia se distrair na casa de algum amigo. O estudante dispensa o título de gênio e diz que qualquer bom aluno consegue fazer o SAT tranquilamente. "Não precisa ser gênio das olimpíadas para ir bem. Tirei 800 e não sou bom em química, não tem muito segredo. Minha rotina nunca foi diferente da maioria das pessoas. Na sala de aula era visto como qualquer um."
A mãe de João Lucas, a assistente social Francisca Rosa Camelo Sá, de 54 anos, agora mescla o orgulho de ver o sucesso do filho com a angústia de saber que o caçula de três filhos vai se mudar do país. "Ele é muito determinado, no fundo sabia que ia dar certo. Mas agora vem a sensação do ninho se esvaziando e ao mesmo tempo saber que nossa missão está sendo cumprida. É muito orgulho."
Além da falta dos pais, das duas irmãs e dos amigos e parentes do Ceará, João Lucas diz que vai sentir muitas saudades do clima do nordeste brasileiro. "Gosto do calor, do céu azul, de acordar com o dia ensolarado. Quando viajava para lugares frios para participar das olimpíadas, voltava e pensava: que sorte eu tenho de morar aqui!"
Fonte:G1.COM.BR
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